Carl Sagan

Carl Sagan teve um importante papel de liderança no programa espacial americano desde o seu início e foi consultor e conselheiro da NASA desde a década de 1950, também atuou como instrutor dos astronautas da Apollo antes dos voos para a lua.

Carl Sagan e ao seu lado uma réplica da Pedra de Roseta (original está no museu britÂnico)

Carl Sagan e ao seu lado uma réplica da Pedra de Roseta (original está no museu britânico)

Carl nasceu em Nova York em nove de novembro de 1934, se descrevia como um apaixonado desde a infância por ficção científica e desenvolveu grande fascínio por astronomia desde aquela época, quando descobriu que todas as estrelas no céu noturno são sóis distantes.

Incentivado por seus pais seguiu o caminho das ciências e sua curiosidade científica nata levou-o a graduar-se quatro vezes em astronomia e astrofísica pela Universidade de Chicago.

Em seu papel como cientista visitante no “Jet Propulsion Laboratory (JPL)”, em Pasadena , na Califórnia, Carl ajudou a projetar e gerenciar a missão “Mariner 2” a Vênus, a “Mariner 9” e “Viking 1 e 2” a Marte, a “Voyager 1 e 2” missões no sistema solar exterior e a missão “Galileu” para Júpiter . A pesquisa de Sagan ajudou a resolver os mistérios da alta temperatura de Vênus (um enorme efeito estufa), as mudanças sazonais de Marte (poeira soprada pelo vento ) e da névoa avermelhada (moléculas orgânicas complexas) de Titã o maior satélite natural de Saturno.

Carl foi muitas vezes descrito como “o cientista que fez o Universo mais ‘fácil’ para as pessoas leigas”. Ele ajudou a popularizar a ciência através da escrita de centenas de artigos e mais de duas dezenas de livros. Ganhou o Prêmio Pulitzer em 1975 por seu livro “Os Dragões do Éden” e sua série de televisão “Cosmos” foi um dos programas mais assistidos na história da televisão pública sendo vista por mais de 500 milhões de pessoas em 60 países diferentes.

Ensinou e realizou pesquisas na Universidade de Harvard. Em 1968, tornou-se professor na Universidade de Cornell, onde ele também foi o diretor do Laboratório de Estudos Planetários. Era bem conhecido como um pioneiro no campo da “exobiologia”, que é o estudo da possibilidade de vida extraterrestre. Estava entre os primeiros a determinar que a vida pudesse ter existido em Marte e apelou para a NASA ampliar sua exploração do Universo.

Com Louis Friedman e Bruce Murray fundaram a “The Planetary Society”,

Fundadores da Sociedade Planetária

Fundadores da Sociedade Planetária

uma organização pública, em 1980, que inspira , informa e envolve o público nas maravilhas da exploração espacial. A organização também faz papel fundamental para influenciar as decisões do governo em matéria de financiamento voos espaciais através de suas campanhas de base.

“Carl foi um dos maiores intelectos por trás da gênese da exploração espacial em geral e, especificamente, a missão Galileu”, disse Torrence Johnson, um membro da equipe da missão “Galileo”.

Sonda "Galileo" sendo preparada e antes de ser lançada ao espaço

Sonda “Galileo” sendo preparada e antes de ser lançada ao espaço

Ele fazia parte do grupo original que se uniram para promover a missão na NASA e serviu como cientistas interdisciplinares sobre a equipe desde o início. “Um grande ser humano que compartilhou com todos a sua empolgação com a exploração do Universo”, completa Johnson.

Carl sofria de uma doença rara da medula óssea chamada mielodisplasia. As complicações da doença provocaram um quadro de pneumonia irreversível que pôs fim na sua vida em 20 de dezembro de 1996 quando tinha 62 anos.

http://solarsystem.nasa.gov

Tradução e adaptação de Marcelo Pelucio

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